sexta-feira, junho 24, 2011

Dia 5 - Diário de viagem de uma cesta e duas malucas (Modo telegráfico) Istambul em 5 sentidos e mais uns…

5º dia: 11 de Junho de 2011

Último dia disponível. Compras! Directas ao Grande Bazar (Kapalı Çarşı).


A cesta excitadíssima. Queria comprar tudo, regatear ao máximo. Confesso que não consigo. Mesmo. Pareço a minha mãe, que ao voltar de Marrocos, disse ter a sensação de os vendedores terem ficado tristes, porque não dava luta absolutamente nenhuma. Acabou por pagar imenso dinheiro quando decidia comprar.

Aqui, a minha filha pouco a pouco foi ganhando o jeito e no fim, eles sorriam enleados, achando graça a que fosse ela a regatear, olhando até com um certo respeito. A cesta, interesseira, ia picando, propondo os novos valores.

A crise imperou: coisas pequenas, e pronto. Um dos vendedores, no meio do regateio, perguntou pela nossa crise, e se era maior ou menor que a grega. Odeiam os gregos.

Enfim um cruzeiro no Bósforo! Duas horas, na empresa oficial, mais de metade do preço das turísticas.


Um dia cinzento, ameaçando chuva. Mau para fotografias. À ida olhar sobre o lado da Ásia, à volta, sobre a Europa.

Paragem em Üsküdar, na Ásia, para entrada de passageiros. Tudo enfeitado por causa das eleições. Um barco tipo ferry ia-se enchendo de pessoas com bandeiras de um dos partidos, aos gritos nas suas palavras de ordem. Depois partiu, a abarrotar, em direcção a um outro porto qualquer.

As fotografias, na página da cesta vão falar por si. Quem navegou no Bósforo percebe. 

Vimos a fortaleza da Europa (do outro lado havia a da Ásia...)


E agora, não vou fazer por menos: quero uma casa sobre o Bósforo. E não é casa com vista para, é mesmo na beira.


 Na volta, quando atracávamos outra vez na Ásia para que passageiros saíssem, um pássaro, corvo marinho de faces brancas (?), displicentemente pousou num candeeiro, quase à altura dos nossos olhos. E ali ficou, olhando-nos de soslaio, pavoneando-se, orgulhoso de se mostrar.


 Fim do cruzeiro, mas dia de compras é dia de compras. Voltámos ao Bazar das Especiarias.


O último jantar. Perto do hotel. Um prato de que não me lembro do nome. Com direito a espectáculo. Um recipiente de barro que é aquecido em lume, e cuja parte de baixo é depois cortada para se retirar o recheio.


No fim, o empregado resolveu pôr na mesa puzzles de metal, e à medida que os íamos resolvendo, trazia mais. No fim, até trouxe os que tinha acabado de comprar e ainda não tinha feito! Desconfio que não estava à espera das nossas capacidades. Não lhe contámos sobre o nosso cúmplice secreto: a cesta!

Hotel. Malas. Encafuar tudo. Amanhã deixamos Bizâncio, Constantinopla e Istambul. Gostámos e admirámos as três. 
Eu volto.

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