quinta-feira, junho 16, 2011

Dia 3 - Diário de viagem de uma cesta e duas malucas (Modo telegráfico) Istambul em 5 sentidos e mais uns…

3º dia: 9 de Junho de 2011

Depois do impacto de Haghia Sophia, que com a sua grandiosidade, consegue abraçar muitas eras num todo harmonioso, acordámos um bocadinho mais tarde. Estamos de férias!
Destino de hoje: Palácio Topkapı (Topkapı Sarayı). A pé, porque o hotel é mesmo central.
No caminho, um homem com uma espécie de carrinho, um coelho e um galo, promete adivinhar o futuro ou conceder desejos, não se percebe bem.
Obriguei a que começássemos pelo Harém. Filha sempre no gozo por causa dos meus gritos de excitação. Sugere que case com um turco. Declino.
É lindo, lindo, lindo. Azul, azul, azul, sempre diferentes os azulejos, pátios, recantos…



A cesta senta-se num banco e diz que quer ficar. Explicamos que o harém já não funciona, nem ela tem idade para ser concubina.


Nem de propósito, eis a passagem das concubinas.









Seria esta a visão das mulheres nalguns dias?















No meio de um descanso, começa o chamamento à oração em toda a Istambul. Ouvido ali de cima, é impressionante: centenas de cânticos em simultâneo, sem pausas (é essa a ideia, que não se deixe de ouvir).






Passamos ao resto do palácio. Pavilhões a surpreenderem a cada canto. Nalguns sítios, uma vista fabulosa para o Bósforo. Primeiro enamoramento.





Visto: o tesouro (as gemas de esmeralda displicentes numa taça, como se fossem rebuçados gigantes), o guarda roupa imperial (que faziam eles a mangas do tamanho de uma pessoa? Arregaçavam?), a sala do Trono, o Sofa Imperial. Uma maravilha, em suma!


Almoço tardio de sanduíches no restaurante que já sabíamos caro mas com vista para o Bósforo…


Descida para o Museu Arqueológico (Arkeoloji Müzesi). Uma colecção incrível de sarcófagos, incluindo o Sarcófago de Alexandre (espectacular).


Área dos sumérios com a escrita cuneiforme (amoroso o mais antigo poema de amor escrito. Trata-se de um bocado da Epopeia de Gilgamesh, e já agora, para os interessados, deixo ligação para mais informação: http://www.infopedia.pt/$a-epopeia-de-gilgamesh)


Assírios (sempre adorei! No Museu Britânico lembro-me de ir a correr directa para a secção da Mesopotâmia e saboreava dizer Nabucodonosor!). Eis senão quando, nem mais nem menos, e de chofre, o Painel da Porta de Ishtar, de quem? Nabucodonosor! Felicidade!


Descemos mais ainda, até à Estação do Expresso do Oriente (Sirkeci Gan). Adorei. Tem partes da fachada a cair. Um restaurante bem arranjado, chamado…Orient Express. 



Cesta quis descansar mesmo na sala de espera da estação. Afirmou que não saía dali sem ver o Hercule Poirot e as célulazinhas cinzentas, ou no mínimo a Agatha Christie. Difícil convencê-la, a teimosa.



Descemos mais um bocadinho até á frente do rio. Mais Bósforo. Segundo enamoramento.


Alguns vendedores (também noutras zonas) com um banco, um balde e limão, a apregoar mexilhão, não percebemos se cru ou cozido. Os turcos abrem o mexilhão, o vendedor põe limão e o cliente come deliciado, já com a mão no seguinte. De um quiosque, chegava um cheirinho óptimo a peixe grelhado. Atracção imediata. Sanduíche de peixe! Uma delícia…
Sentadas no muro à beira rio, a comer a sanduíche. Barco que parte. Molha certa, incluindo cesta, que refila.
Caminhar por baixo da Ponte Galata até ao fim e voltar a namorar o Bósforo. A cesta está cansada.




Jantar num restaurante caríssimo debaixo da Ponte Galata. Dourada, óptima.
















Os bilhetes do dia...



Entretanto a filha gostou da Coca cola turca (Cola Turka) e ainda mais do iogurte líquido turco, o Ayran. Passou a ser obrigatória a compra diária de Ayran em conjunto com a água.
Tenho estado também a ler o livro de Orhan Pamuk – Istambul memórias de uma cidade mas em péssima tradução. Comprei outro dele na loja do Palácio Topkapı. Em inglês.

Cada vez sabemos mais palavras turcas e usamos. Sem pudor.


Nota: mais fotografias na página da cesta, no facebook: https://www.facebook.com/apaginadacesta.thebasketspage

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