terça-feira, fevereiro 21, 2012

A angústia das quintas


Escrever no blogue de outra pessoa, com prazo a cumprir, está ser complicado.
Neste blogue, só meu, escrevo ou preencho vazios quando e como bem me apetece, não há regras, pressão ou exigência. Também por isso se encontram aqui das piores coisinhas da blogosfera, mas sou mulher para assumir o fraco, o fracote, o mau e o péssimo, que perfeitinho não há quem, sei lá eu se o que vejo noutros é uma aparência bonitinha com muito lixo debaixo do tapete…
Tendo que entregar o texto quinta-feira à noite, gostava eu que na segunda-feira estivesse pronto. Gostar, gostava, mas gostar ainda não é comandável. Sábado, domingo, segunda, terça, nada, nem uma pista. Três textos começados há umas semanas estão bloqueados. Invariavelmente todas as sextas-feiras faço um ataque cerrado de artilharia e cavalaria aos três, dizendo a mim própria que é desta! mas acabo por desistir. Não gosto, pronto.
Chega então a quarta-feira e começo a entrar em pânico. E agora? Uma espécie de “coisa” começa a desenhar-se, ainda não percebi bem onde, nem como, mas penso que muitas vezes enquanto ando, vá-se lá saber porquê (será o único tempo de cérebro mesmo livre? Ainda sou atropelada…) Escrevinho umas frases. Odeio sempre. Uma porcaria. Fecho rapidamente o Word ou o caderninho, consoante o caso.
Quinta-feira. Tem mesmo de ser! Começo de novo ou olho para o horror de quarta? Que faço eu com isto? Agarro-me com unhas e dentes e dedos e braços e tudo e lá aparece o que parece um texto. Tirado a ferros, à pressa. Ao ler é só defeitos a saltarem para o meu colo. Num angústia de adolescente apaixonada apresso-me a enviá-lo, antes que me arrependa.
Amanhã é quarta!

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