O dia 90 no Eternas Saudades do Futuro
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segunda-feira, outubro 28, 2013
sexta-feira, outubro 18, 2013
Diálogo apolítico?
O dia 89 no Eternas Saudades do Futuro
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quarta-feira, outubro 16, 2013
Inquietude
Ó coração inquieto, deixa-me!
Se nem o eco me responde,
Porque hei-de esperar?
Ó vã esperança, larga-me!
Se nem o vento me ouve,
Porque hei-de sonhar?
Lancinante é o grito da incerteza.
Impaciente, o balanço da
angústia.
Um gesto e parava o tempo.
segunda-feira, outubro 14, 2013
Beja - Hipólito Raposo
Uma das leituras deste Verão foi o "Oferenda" do avô Hipólito Raposo e um dos textos que mais gostei é sobre Beja, cidade que não conhecia.
Ora este fim-de-semana que passou calhou lá ir, a um evento da Real Associação do Baixo Alentejo.
Claro que levei o livro e reli o texto, que é de uma beleza ... Não resisto a pôr aqui um excerto, agora que conheço um pouco a cidade.
Hoje é sobre a torre. Um outro dia, será a vez da parte que fala do cante alentejano.
“…
Ainda de longe, como se Beja fôra galeão a flutuar no oceano das idades
e das planuras, a torre de menagem do Rei-Trovador serve há séculos de mastro
grande para a Bandeira.
Na sua gávea de pedra, ficou a morar espiritualmente, solerte arauto de
portugalidade, tão alto e de mirada tão longa que se mede com a imensidão do
horizonte, para ser ouvido por todos os ossos sepultados na terra e pelas almas
debruçadas dos céus de Portugal.
Torre de almenara e defesa, se por ela subimos, bem compreendemos a
ameaça severa e solene do seu musguento prisma onde os antigos guardaram a
herança do Lidador, para lição e exemplo de todos os lidadores da honra e
glória da lusitana antiga liberdade.
…
Dos seus airosos balcões e do eirado que cobre a última das três
abóbadas, vê-se desenrolar ou apenas se adivinha pelo desnível, a cinta das
velhas muralhas de quarenta torres, lobrigando-se para além, abrumadas pela
tremulina, as terras de Alvito, da Vidigueira, de Cuba, Serpa, Moura,
Aljustrel, essas nobres vilas do alfoz de Beja, olvidadas e sonâmbulas. E
quanto mais os olhos cursam em redor, para muito mais a distância interminàvelmente
se amplia, como se nos cuidados de talhar e aprumar as reluzentes cantarias de
São Brissos, no Rei e nos mestres de pedraria houvesse o impossível desígnio de
alcançar e vencer o horizonte de toda a terra transtagana.
Alta, esbelta e nobre, com traços de lavor amoiriscado a dar graça à
força, a torre do castelo de Beja, irmã das de Bragança e de Estremoz nos
intentos, princesa de muitas outras na robustez e raínha de todas na vastidão
dos domínios, é o orgulho heráldico da cidade e a mais importante das suas
celebradas grandezas.”
Junho-944 – Beja Cantadora - Hipólito Raposo in Oferenda
sexta-feira, outubro 11, 2013
Do Portugal dos pequeninos
O dia 88 no Eternas Saudades do Futuro
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sexta-feira, outubro 04, 2013
Do 5 do 10 (II)
O dia 87 no Eternas Saudades do Futuro´
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