Os níveis de tributação em Portugal estão de tal forma altos que, em cerca de 5 anos, se foi dando cabo de um aumento que com certeza era lento, mas se via gradual, de absorção da economia paralela na economia de concorrência leal, dita normal.
Basta olhar à nossa volta.
Quem não pagou na última semana sem factura?
Quem não conhece gente que anda a receber “por fora” e nem quer ouvir falar de IRS, IVA ou Segurança Social?
Tirando os casos crónicos, dificilmente recuperáveis, o cenário com que agora deparamos é a fuga generalizada, às vezes contestária, outras por necessidade de imediata liquidez face aos apertos mortais da crise.
Ora, a muitos parece pacífica que uma eventual medida proposta pelos 3 da vida airada seja um aumento de impostos, mais especialmente do IVA.
Que engano!! Não há aqui elasticidade. Há limite no aumento da receita proporcional ao aumento dos impostos.
E esse limite até já foi ultrapassado…
Por isso, alterar a taxa do IVA para 25% (taxa dos países nórdicos!) apenas vai contribuir para incrementar a economia paralela e a fraude (já não só a evasão…), tendo como único efeito o contrário do que se pretendia, ou seja, a diminuição da receita do Estado.
É que 25% é uma margem de lucro muito apetecível, e o mesmo se pode dizer das novas percentagens da Segurança Social…
Depois vamos levar mais 30 anos para tentar levar o rebanho à cerca certa, a da sã economia concorrencial e sem deslealdades…
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